A nova adaptação de A Hora do Vampiro (Salem’s Lot), clássico de Stephen King de 1975, chegou ao público brasileiro pelo streaming da MAX no último dia 3 de outubro. Dirigido por Gary Dauberman, o filme traz uma narrativa que pouco inova, mesmo para os fãs de horror, e levanta a questão sobre a necessidade de mais uma releitura dessa obra.
Seguindo a trama familiar de King, o protagonista Ben (interpretado por Lewis Pullman) retorna à sua cidade natal e logo se vê em meio a uma ameaça crescente de vampiros. Ele se une a outros moradores para enfrentar o mal, trazendo ao filme os temas típicos do autor, como a ambientação em uma cidade pequena e a presença de forças sobrenaturais. Produzido em 2021, o longa sofreu vários adiamentos até sua estreia diretamente no streaming, o que impactou sua visibilidade no mercado cinematográfico.
Com cenários que refletem as limitações das filmagens durante a pandemia, a adaptação apresenta poucas cenas de interação comunitária, o que enfraquece o clima de união essencial para o enredo. Ainda que Dauberman consiga inserir algumas cenas de impacto, o filme não atinge o suspense e a tensão crescentes que sustentam a narrativa sombria do romance.
Mesmo com o comentário de Stephen King, que descreveu o filme como “não embaraçoso”, a adaptação entrega uma experiência modesta, sem grandes atrativos. Para os fãs de King, A Hora do Vampiro acaba sendo uma adição discreta, sem o destaque de outras adaptações marcantes.
